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A DESSACRALIZAÇÃO DA FAMILIA

  • José Carlos Farias
  • 16 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura

Analisar a família sob a ótica do sagrado em nossos dias não é opcional, é, isto sim, fundamental! Caminhamos em estradas turvas e sinuosas, em nome da família estamos acabando com a família, embora pareçam redundante os termos, mas este é o triste cenário em que vivemos: uma sociedade que diz privar pela família e, no entanto, tem traçado os priores rumos para a edificação da mesma.

Impressiona ver como em nossos dias ela vem sendo atacada, ainda que com sutileza e, me arrisco a dizer, até sem consciência, ataques estes que vem solapando seus princípios, elementos essenciais para sua subsistência. Não bastasse o enfoque na ideologia de gênero que gerou um debate razoável em diversos municípios, podemos destacar também as letras do afamado sertanejo universitário.

Uma das letras que estão em voga éa do cantor Thiago Brava “vai namora bobo”. Tratamos já em artigos anteriores os princípios elementares de um saudável relacionamento, considerando inclusive alguns relevantes,tais como o diálogo, a sinceridade a dimensão agapica etc.

A letra de tal música denota a desvalorização do relacionamento, da fidelidade e supervaloriza a apregoada síndrome de Peter Pan! Fala-se e anuncia-se com tanta veemência a vida de solteiro, alias a vida de pegador, que se faz ver que o sujeito (há e não bastasse o sujeito, agora está em voga também a sujeita, isto é, as mulheres pegadoras) nunca envelhecerá, viverão sempre no auge de sua potência física, psicológica,sexual e pessoal!

Já há um bom tempo profetizou Renato Russo: “Há tempos são os jovens que adoecem, há tempos que o encanto está ausente”. Os jovens cada vez mais são iludidos neste discurso vazio, próprio dos tempos de pós-modernidade/modernidade liquida, ou seja, tempos de inconstância. Não se tem firmeza de decisões, não se tem projeção de futuro, não se tem esperança num relacionamento a dois, quando se propõem tal feita, vão desde “que seja eterno enquanto dure esse amor, te amo hoje, amanhã já não garanto”, ou ainda, mais uma das proezas do sertanejo universitário:“Amar eu amo muito, prestar que eu presto é pouco”. Às vezes somos quase condicionados a pensar que o tal ritmo sertanejo expressa a cultura dos universitários. Contudo, tal crítica seria injusta, pois mesmo no âmbito do sertanejo universitário existem boas canções e também no ambiente universitário existem muitos alunos empenhados e que serão profissionais a altura do titulo que receberão.

Minar os princípios e valores da juventude é o mesmo que arrancar as bases de uma casa, sem esta as paredes não estão suscetíveis, por consequência não suportarão o primeiro contra tempo que as confrontar, tal analogia serve para que compreendamos que tipo de família teremos no futuro, tendo em vistas a cultura em que estamos vivendo.

Se quisermos salvaguardar a família devemos olhar no presente o que damos a nossos jovens.O ser humano é filho do seu tempo, no entanto ele é condicionador da cultura, podendo optar por aceitá-la ou transformá-la. O que se espera da sociedade é mínimo em relação aos princípios e valores, contudo este mínimo parece estar muito distante. Como Igreja, como cidadãos de bem que somos, devemos ser mais ousados colocando às claras o que é daninho e reconhecendo o que é bom. Não se constrói um mundo novo com omissão e submissão!

A sacralidade da família passa pela sadia edificação da juventude. Sigamos o conselho de São Paulo: Ficai com o que é bom! Retomemos a oração, o perdão, o diálogo, a formação, o compromisso e a união! Com estes passos e com os olhos fitos em Cristo, as palavras do Apóstolo dos gentios farão também sentido em nossas vidas: Crê no Senhor Jesus e serão salvos você e os da sua casa (At 16,31).


 
 
 

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